FEFOL 2025: Maranhão é o Grande Homenageado desta Edição!


A Estância Turística de Olímpia, Capital Nacional do Folclore, localizada no interior paulista, comemora 61 anos de um dos maiores eventos culturais do país, o Festival do Folclore de Olímpia (FEFOL). Marcado pelo encontro da cultura popular brasileira, o festival homenageia a cada ano um estado diferente para valorizar as manifestações tradicionais do Brasil e, em 2025, escolheu o Maranhão como centro da celebração.

Estado de muita tradição e resistência cultural, sua história é marcada pelo encontro de povos: indígenas originários, colonizadores europeus, principalmente portugueses e franceses, e populações africanas trazidas à força durante o período da escravidão. Dessa confluência nasceu uma identidade cultural singular e profundamente brasileira, transformando o estado da região Nordeste e banhado pelo Atlântico em um verdadeiro mosaico de influências culturais.

A capital, São Luís, é o coração pulsante dessa riqueza. Conhecida como “Ilha do Amor”, por suas paisagens; “Atenas Brasileira”, por sua arquitetura colonial histórica; e “Jamaica Brasileira”, por ser o local que o reggae mais faz sucesso fora do território jamaicano; a cidade é Patrimônio Cultural da Humanidade graças ao seu centro histórico com mais de 3.500 casarões coloniais cobertos de azulejos portugueses.
Com diversidade de expressões populares, o Maranhão é uma das terras mais fecundas do Bumba Meu Boi, manifestação cultural cujo espetáculo gira em torno da morte e ressurreição de um boi. Mistura teatro, música, dança e religiosidade popular, com suas diversas formas de apresentação, chamadas de “sotaques” – como matraca, orquestra, zabumba, pindaré e costa de mão. Os grupos celebram essa tradição principalmente durante o mês de junho, com apogeu no São João. O Bumba Meu Boi é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.

Outra manifestação essencial é o Tambor de Crioula, reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil. Praticado em homenagem a São Benedito, o tambor reúne homens percussionistas e mulheres dançantes chamadas “coreiras”, que giram em saias amplas e coloridas ao som dos tambores rufados com as mãos. A dança é espontânea, corporal, circular — uma expressão de alegria, fé e ancestralidade negra.
A gastronomia maranhense é outro capítulo de sua cultura viva. Rica, variada e marcada por ingredientes típicos do litoral, da floresta e dos campos, a culinária reflete os traços da mistura cultural. O arroz de cuxá é o prato mais emblemático — feito com arroz, vinagreira (erva de sabor azedo), camarão seco, carne de sol e temperos.

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